Quem espera até que as
circunstâncias econômicas melhorem para então honrar a Deus com seus bens está
fadado à derrota.
V.2
Assim fala o Senhor dos Exércitos: Não veio ainda o tempo, o tempo em que a
casa do Senhor deve ser edificada.
Isso mostra que o Deus Eterno e General dos
Exércitos, estava por trás das palavras.
Motivo desta profecia foi
devido o povo estava amarrando os passos, adiando a construção do segundo
templo, além de outras tarefas relativas à reconstrução de Jerusalém. Para eles
o tempo certo ainda não havia chegado; mas a verdade é que os judeus estavam
ocupados com tarefas e projetos pessoais, edificando suas próprias casas
adornadas.
A parte espiritual pensava eles, poderia esperar, mas não a parte
material.
V.3
Veio, pois, a palavra do Senhor, por intermédio do profeta Ageu.
Encontramos aqui a revelação que Deus estava
provendo e dando autoridade divina ao profeta Ageu como porta-voz do Ser
divino.
Ageu foi usado como
mensageiro entregando profecias e confrontando... O profeta não afrontou ele
confrontou e isso é bem diferente... Quem confronta é porque ama e se Deus
confrontou é porque os amam; Já a afronta não faz parte do caráter de Deus,
pois, quem afronta quer denegrir a sua pessoa.
E Deus estava tratando com
todo o povo de Judá porque se mostrara negligente, não apenas seus líderes. E
“Ageu repreendeu o povo por sua indiferença egoísta e por sua negligência”.
Deus é sábio em tudo e até
mesmo no tratar...
V.4
Acaso é tempo de habitardes vós em casas apaineladas, enquanto esta casa
permanece em ruínas?
Os judeus tinham construído suas residências
com luxo e extravagância. A palavra “apaineladas” quer dizer “casas de fino
acabamento”.
Fizeram o acabamento das
paredes das casas com madeiramento caro. Esta prática era considerada luxuosa
até para um rei.
Em contraste com suas
casas, o Templo jazia em ruínas.
Como disse Marcus Dods: “O
conforto os condenou. Dispunham-se de recursos, gozavam de lazer e sentiam-se
protegidos para mobiliar as casas sozinhos; não seriam as circunstâncias e
condições de vida que os impediriam de reedificar a casa de Deus”.
Eles estavam cuidando e
investindo mais em seus próprios negócios do que nas coisas do Reino de Deus, ou seja, a reconstrução do templo.
V.5
Ora, pois, assim diz o Senhor dos Exércitos: Considerai o vosso passado.
O Senhor dos Exércitos
estava por trás dos projetos e convocou pessoas negligentes a reconsiderar o
que estavam fazendo.
Primeiro priorizaram
servir seu próprio eu e deixou Deus a esperar; Era impossível que bênçãos
divinas continuassem a chover sobre aqueles servos desviados que abandonavam o
serviço do Reino, para servir a si mesmos.
Esta expressão “Considerai
o vosso passado“ no hebraico original, literalmente é: “Firmai vossos corações
sobre os vossos caminhos”.
Era preciso examinarem e
na tradução inglesa NCVB diz: “Pensai no que tendes feito”, mostrando que o que
eles tinha feito era errado. Para obter-se uma mudança na conduta é necessário
pensar, pensar e repensar e é através de um pensamento sério que produzir um
julgamento moral, porque a nossa
consciência julga certo ou errado somente depois do ato praticado.
Analisando
cuidadosamente sua conduta veriam o que estava fazendo se estava produzindo
benção ou maldição.
E iremos ver no versículo
6 que Deus reteve a benção por causa da negligência e egoísmo.
V.6
Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não o suficiente para matar
a fome; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vestis-vos, mas ninguém se aquece;
e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saco furado.
São
cinco consequências pelo não zelar da casa de Deus:
1) Semear muito e colher pouco;
Eles tinham semeado
intensamente e despendido (gastado) muito esforço na agricultura, mas dali
recolheram poucos resultados.
2) Comer e não matar a fome;
Com frequência sentiam as
dores da fome.
3) Beber e não saciar-se;
Tinham vinho, mas não
tanto quanto queriam.
Usavam roupas bastante
cruas que não eram adequadas aos dias de frio;
5) Receber o salário e pô-lo num saco
furado.
Tinham ganhado dinheiro,
mas nunca o suficiente para suas necessidades. É como por o seu ouro e sua
prata em sacolas cheias de buracos; em outras palavras, o que eles obtiveram
não era dinheiro suficiente para as despesas.
Devemos exercer domínio
sobre as coisas inclusive o dinheiro e não ele nos dominar.
Isso revela a lei da
semeadura e da colheita... Plantando pouco colherem pouco; E o seu querer e
alvo era de viver em prosperidade, conforto e paz, mas carecemos deste
entendimento que isso é obtido pela fidelidade e zelo pela casa de Deus.
- (Mateus 6.33) Buscai, pois, em primeiro
lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão
acrescentadas.